" As coisas que não existem são mais bonitas "

terça-feira, junho 13, 2006

Lua cheia

Quando reflito sobre tudo isso, gosto de pensar que as “razões” não tem sentido. Até tem, uma direção, aquela que o desejo manda. O desejo parece ser soberano. É ele que eu quero que responda pelos meus atos. Não a razão. Ela manda eu não me envolver, manda eu me afastar, errascadas como diriam nos filmes.
Esse desejo afinal, não sou eu? Se ele é meu desejo, faz parte do inconsciente e da consciência ao mesmo tempo (sacana, joga dos dois lado, engana!), se eu percebo perfeitamente a direção que ele aponta... eu sigo (minhas) ordens, eu quero junto com ele? Poderia não acompanha-lo, mas seria frustrante. Ele é realmente contra a minha vontade?
Minha vontade é parte dele assim como ele é parte de mim. Esse circulo indissociável me confude cada vez mais sem responder a nenhuma dúvida cuja origem é o próprio circulo.

É excelente ter o desejo como resposta pra tudo. Não se responsabilizar é ótimo. Não pensar, não nada. Tudo livre, leve e solto. Afinal pra que pensar nessas situações? Pra fazer a coisa certa. A coisa certa é contrariar o desejo? Por causa de fatos externos?
Hesse mandava seguir os instintos, arriscar, tentar o máximo de tudo, pra não se arrepender depois. Curioso, eu relaciono arrependimento com o fato de ter ido longe demais quando não deveria. Quando, justamente, não parei pra pensar. Então, é melhor pensar?

Mas... Não foi ótimo passar o domingo inteiro sem pensar em nada, sendo eu mesma. Provavelmente, me pergunto tudo isso porque eu não sei como ser eu. Que eu me lembre, sempre gostamos de espontaniedade (ela é a verdade?), e ao mesmo, já estragou tudo.

Só de escrever essas bobagens, já pensei demais, já estraguei e mimei toda a espontaneidade que tinha.

Passe na frente, Sr. Desejo, ainda és mestre por aqui. (assim é melhor... eu acho...)

segunda-feira, junho 05, 2006

Spassiba bolshoi

Então ontem lá na casa do Pedro:

- Estou na minha fase de ler literatura russa.
- Em russo?!?!


E sim, vamos aprender alemão, não pra copa, pra ler Rilke no original =)

Tem sido bom conversar com o Pedro. Primeiro por ele ser muito curioso e fazer muitas perguntas e falar muito (inclusive durante o filme!), segundo porque acho ele parecido comigo. Afinal, quem faz e recebe massagem nos pés sem segundas intenções? (vide Pulp Fiction)

Não sou louca, assim, só um pouquinho, mas não sozinha.