" As coisas que não existem são mais bonitas "

sábado, julho 22, 2006

Cookies de chocolate

Ontem foi aniversário da Nana, eu resolvi fazer cookies de chocolate.
Eu adoro cozinhar, eu gostaria muito de saber fazer um monte de coisas gostosas, e de saber variar um cardápio. Isso é coisa de gente que passou anos comendo em self-service (serve-serve) aquele eterno franguinho seco e sem graça... viva a comida caseira, true!

Meus cookies ficaram otimos, fiquei realisada, fui elogiada, todo mundo gostou. Mais uns pontinhos pro meu ego. Sou movida a elogios, não tem jeito, eu fico embevecida, toda alegrinha quando faço algo e os outros, o mundo, aprecia, especialmente amigos. Eu tenho essa exigência comigo mesma de agradar os outros. É meio paranoico.

Ontem uma festinha super aconchegante, pessoas legais, Nana feliz, violão e cookies.
Podia ser sempre assim.

Como vai ser daqui em diante? Cada vez mais os amigos partem, continuam amigos, e nos vemos de vez em quando, e é tão bom. E o resto do tempo é uma espera por esses momentos? Fico pensando no esquema "fim-de-semana". Eu não gosto de pensar que a vida, a semana é a espera do sabado. Gosto de aproveitar a semana, e a aproveitar a folga. Quero que seja assim com meus amigos, passar o ano sentindo saudades, mas fazendo outros amigos, e curtir as "ferias" com todos, na maior alegria.

Saudades parecem ser constantes, pelo menos na minha vida, e eu chego até a sentir saudades do futuro, das proximas temporadas com os amigos.


"A gente nunca devia contar nada a ninguém. Mal acaba de contar, a gente começa a sentir saudade de todo mundo."
J.D. SALINGER

segunda-feira, julho 03, 2006

Robin Hood

" Não é seu sonho? Vai viver!"

E quem é que dizia que nos sonhos realizamos aquilo que não ousamos em vida?
Ser ousado é ser safado.
Ser safado é bom, é como a pimenta na comida, ardida, gostosa, saborosa, mas dificil de aguentar por muito tempo.

Põe pimenta na minha vida, por mais que eu não goste, ou diga que não goste, ou sei lá mais o que é vontade de verdade ou desejo, e o que é vergonha, o que é abafado.

Novamente, novidade, estou colocando tudo em questão, pra valer, porque vale a pena. Esta tudo tão bom, mas rápido, estou vivendo tudo muito rápido, quero parar o tempo como num video, e viver devagar cada risada e cada beijo.

Eu destesto escrever essas coisas... queria ter palavras melhores, mais apropriadas, pra falar e botar pra fora uma imensidão de sentimentos não completos e não ditos. Mal aproveitados.

E sempre repetir que "quero aproveitar" e mesmo aproveitando nunca será o suficiente, sempre podia ter aproveitado mais.

Quero muito te ver amanhã e todos os dias, aproveitar todo o tempo que tenho contigo. Literalmente férias! Não do meu sonho, mas de todo o resto. Só pra você.

Meu problema é que meu sonho agora é verdade, e meu outro sonho parte.

terça-feira, junho 13, 2006

Lua cheia

Quando reflito sobre tudo isso, gosto de pensar que as “razões” não tem sentido. Até tem, uma direção, aquela que o desejo manda. O desejo parece ser soberano. É ele que eu quero que responda pelos meus atos. Não a razão. Ela manda eu não me envolver, manda eu me afastar, errascadas como diriam nos filmes.
Esse desejo afinal, não sou eu? Se ele é meu desejo, faz parte do inconsciente e da consciência ao mesmo tempo (sacana, joga dos dois lado, engana!), se eu percebo perfeitamente a direção que ele aponta... eu sigo (minhas) ordens, eu quero junto com ele? Poderia não acompanha-lo, mas seria frustrante. Ele é realmente contra a minha vontade?
Minha vontade é parte dele assim como ele é parte de mim. Esse circulo indissociável me confude cada vez mais sem responder a nenhuma dúvida cuja origem é o próprio circulo.

É excelente ter o desejo como resposta pra tudo. Não se responsabilizar é ótimo. Não pensar, não nada. Tudo livre, leve e solto. Afinal pra que pensar nessas situações? Pra fazer a coisa certa. A coisa certa é contrariar o desejo? Por causa de fatos externos?
Hesse mandava seguir os instintos, arriscar, tentar o máximo de tudo, pra não se arrepender depois. Curioso, eu relaciono arrependimento com o fato de ter ido longe demais quando não deveria. Quando, justamente, não parei pra pensar. Então, é melhor pensar?

Mas... Não foi ótimo passar o domingo inteiro sem pensar em nada, sendo eu mesma. Provavelmente, me pergunto tudo isso porque eu não sei como ser eu. Que eu me lembre, sempre gostamos de espontaniedade (ela é a verdade?), e ao mesmo, já estragou tudo.

Só de escrever essas bobagens, já pensei demais, já estraguei e mimei toda a espontaneidade que tinha.

Passe na frente, Sr. Desejo, ainda és mestre por aqui. (assim é melhor... eu acho...)

segunda-feira, junho 05, 2006

Spassiba bolshoi

Então ontem lá na casa do Pedro:

- Estou na minha fase de ler literatura russa.
- Em russo?!?!


E sim, vamos aprender alemão, não pra copa, pra ler Rilke no original =)

Tem sido bom conversar com o Pedro. Primeiro por ele ser muito curioso e fazer muitas perguntas e falar muito (inclusive durante o filme!), segundo porque acho ele parecido comigo. Afinal, quem faz e recebe massagem nos pés sem segundas intenções? (vide Pulp Fiction)

Não sou louca, assim, só um pouquinho, mas não sozinha.

quarta-feira, março 29, 2006

Um dia eu chego lá...

Oh! Fazem meses que eu não escrevo aqui.
Não que eu deixei de ter coisas a declarar.
Estou de molho em casa e pensando em mil maneiras de resolver meus problemas, estes sendo:

a) o que vou fazer da minha vida

b) como melhorar no ballet (otimizar minha performance)

c) entrar na auto-escola! Toda vez que eu lembro que não posso ir no cinema sozinha sem ter que pagar um absurdo de taxi eu me revolto!

d) Desatar nós sentimentais (oscilanto entre o urgente e o desimportante...)

e) curar minha entorse no pé.

f) Ler pela terceira vez Etica a Nicomaco de Aristoteles, e entender...