Art?

Abstrai os dois ultimos post... fora de orbita total... Ninguém merece (quem disse isso?).

Ontem aconteceram duas coisas de enorme importancia (além da examindaora de posrtuguês ser um gracinha de super simpatica que ela é e eu te adorei Estelle).

Primo: tava no ballet depois de mais de uma semana afastada por conta do Bac, tudo doia, mas apenas a pespectiva que à partir de amanhã eu serei só daquele linoleo cinza e da barra amarela mas preenche da mais sincera e perfeita felicidade.
"É, é muito bom, mas saiba que vai doer muito"
" Já doi"
E de fato se o meu corpo reclamar do treinamento intensivo, a minha mente vai estar contente. Se sinto dor é porque estou indo até o limite, até o maximo, e isso é muito bom. Apesar da dor.
O Sergei (meu mestre jedi, zoando, meu professor russo) diz:
"Só os preguiçosos sentem dor, porque eles não trabalham o corpo de maneira certa por que tem preguiça"
Então o negocio e sentir dor por cinco anos pra depois não sentir mais.

Ai chega a Bianca Assad. Bailarina profissional que eu não via dançar a dois anos. Ela se formou com a gente, é mais velha que nós. Realisou o sonho que todas nós temos, dança como solista numa compania na Itália. E lá estava ela, linda, magra, orgulhosa, seria, perfeita en todos os aspectos.
Me senti um lixo.
Sem fazer aula há 10 dias e dar de cara com ela, me lembrou de todos os meus medos, minha insegurança, e pos em questão a minha capacidade. Sou ou não capaz? Será?
Mas ouvir a Bianca falando da compania, dos bailarinos, do diretor, dos espetaculos reacendeu os sonhos, a vontade de lutar, suar e se matar por isso. Por algo que muitos consideram ultrapassado, fora de contexto, sem sentido, coisas do passado. Mas e a Arte em tudo isso? E o desafio? Sinto que hoje as coisas, a dança, um pouco de tudo se simplificou demais. E pra que viver meu tempo? Ballet é tempo de outros? É o que? É a base de tudo, é o momento da perfeição.
O ballet clássico esta para a Dança como o Leonardo da Vinci ou o Boticcelli estão para a pintura, e Rodin para a escultura.
E agora que o Rodin "não esta mais na moda" você vai jogar tudo aquilo fora?
Sinceramente eu espero que não, porque a coisas, objetos que transcendem meus sentimentos, que vão muito além do que chamamos perfeição.
Uma boa variação executada na musica ideal por exemplo.
E é pra isso que eu trabalho.

Secondo: é bom por em questão as coisas. A ainda bem que o faço, pois só assim tenho cada dia mais certeza das minhas escolhas. Não me arrependo nem das erradas (que podem não estar erradas ou sim, ou sei lá, esquece o papo metafisico pagan philosophie!)

"À LA TIENNE, CAR IL N'Y AURA PAS DE NOTRE"