Contradições práticas

Acho muita graça de me ver como dona de casa. Lembrando que minha ocupação principal é estudar. Porém, no entanto, considerando que eu passei 4 meses de férias... Ficar a toa em casa tem um outro significado quando se mora sozinho e sem empregada. Bref, eu passei boa parte do meu tempo nos ultimos dias arrumando e pensando no apê.

Eu divido meu apê com uma "semente de mulher moderna" como ela mesma se denomina. Só que a Marcela é tão detalhista quanto eu em matéria de limpeza e bem mais exigente quanto o assunto é comida. Resumindo: sim, nós cortamos nossos legumes para cozinhar e poucas coisas entram prontas aqui em casa. Eu compro pedaços de queijo parmesão e ralo "no braço". Viva a independencia.

E agora meu "problema" essencial é a maquina de lavar roupa. Alguém vai pensar que uma mão-de-vaca como eu que rala ela mesma o queijo parmesão porque me economiza alguns centavos (além do queijo ficar mais fresquinho, mas admito que é o dinheiro o motivo principal) deveria estar jubilando de poder lavar a roupa na lavanderia self-service (serve-serve) da esquina (não é nem na esquina, é no fim da rua, ainda mais perto).

Pois sim, eu tenho absoluto horror a lavar roupa. Descobri em um ano sozinha que o conforto máximo que eu almejo na vida, mais do que uma faxineira ou do que ter grana pra comer em restaurante todos os dias, é ter uma maquina de lavar dentro da minha casa. A minha incomodação de ter que encher sacos de roupas sujas e ter que levá-los até lá em baixo é inimaginavel. Por isso, avante a maquina de lavar como presente de natal.

Sim, eu me sinto uma mimada. Mas adoro a sensção de que ficar adulto, além de se preocupar com papeladas e dinheiro, é repensar na utilidade dos presentes que se ganha. Ficar adulto é comemorar um aspirador de pó como presente de aniversário!