" As coisas que não existem são mais bonitas "

sexta-feira, outubro 14, 2005

O inferno são os outros....

De repente eu me sinto para trás.
Sinto a fragilidade de estar batalhando por algo que não se sabe se conseguirei. A fragilidade de me perguntar se “Eu tenho suficiente força de vontade para chegar lá”. Gostaria de não precisar me perguntar essas coisas. De ter certeza.


Muitas vezes acreditei que o bom da vida era o mistério, a insegurança. Que isso dava uma pimenta na vida, como se quiséssemos viver uma aventura. Bem ao estilo das histórias, da ficção literária e cinematográfica.
Porém, nos últimos tempos eu só queria que as coisas fossem fáceis. Batalhar cansa e principalmente desanima.

Estou desanimada e estressada. E pior, sem razão aparente. A impressão que tenho é que estou sempre batalhando comigo mesmo, e que quando algo exterior aparta a briga eu me irrito. Como se dissessem “ PORRA, me deixe brigar em paz comigo mesma!”. Paradoxal mas compreensível.
Sinto o exterior como opressor.

Os outros me pressionam, me incomodam, pedem respostas imediatas que eu não quero dar. Já deixa de ser uma questão de tempo. Não é apenas o “Quero eu tempo pra mim” (sempre quero), mas é principalmente o espaço, a compreensão. Muito difícil de explicar como me sinto. Sinto os outro em cima de mim, na minha frente, é uma invasão.

Me sinto em guerra.
E no final, aquela sensação do general: pra que luto?
Uma causa incerta.

E uma coisa mais violenta do que isso é pensar: será que há alternativa? (quer dizer, simplesmente não lutar?)
Também não sei.

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