" As coisas que não existem são mais bonitas "

domingo, abril 17, 2005

" 3 por cinco, faz moço? Valeu! "

Hoje eu e Namorado fomos a feirinha da Torre de TV. Construção central de Brasília, só me pergunto se ainda transmitem algo de lá.
Fazia um bom tempo que eu não batia perna por lá. E sempre me lembra bons amigos: Manoella e Steve, Nana e César. Ir a Torre é um programinha simpático.

Quando se chega pelo estacionamento, aonde você pode encontrar um fusca roxo perolisado com o adesivo das powepuff girls e os assentos em tecido oncinha (eu juro!), tem um forte cheiro de acarajé, quase nos sentimos em Salvador. Água de coco e acompanhamentos do tipo.
Carinhas pintando quadros no asfalto com sprays de tinta e máscaras para respirarem direito. Arte meio new age, a modernidade é isso! Planetas e estrelas cheirando forte.

Barraquinhas com velhos hippies vendendo roupas neo-hippies e bijuterias com continhas, pluminhas e cordinhas.
Caixinhas, brinquedos artesanais, artesãos do ferro, alguns móveis, artigos de couro como sandálias nordestinas no melhor estilo O Auto da Compadecida para João Grilo nenhum botar defeito. Alpagatas de corda, sim! Pois as de sola de borracha que se vendem nos supers de Porto Alegre são uma vergonha, pois boas mesmo são as de tecido grosso e sola de corda!
Encontra-se de tudo, simples e legal, no meio de pequenas televisões preto e branco aonde se ouve a narração dos 3 gols do Fluminense, campeão do Rio. Futebol, traços de união do Brasil.
Toda uma diversidade curiosa que me diverte muito.
Um pipoquero daqueles das antigas, com um carrinho de pipoca com janelinhas de vidro, uma panela (sim, é possivel fazer pipoca na panela e tomar com guaraná!) e saquinhos brancos.
Um sujeito passado com um saco plastico daonde saia um rabinho branco peludo que ele segurava com uma mão enquanto apitava um miado. "Meaoa"! Mais tarde seriam um monte de crianças com o mesmo apito.
E pipas ao vento nesse puta céu de Brasília, que a gente já banalisou acha que Deus ta só fazendo seu trabalho!

E depois tem gente pra dizer que em Brasília não há nada pra fazer.
Ora, Feirinha da Torre é tudo de bom, simpatica curiosa alma-viva desta quase cidade desplanejada.
Ou vai dizer que senhores Lúcio Costa e Niemeyer pensaram e planejaram nossa feirinha?

3 comentários:

. disse...

absolutamente genial!

. disse...

lilika, li seu blog - por alto - agora e achei ele fabuloso, mesmo que citações minham denigram a imagem do que quer que seja :P. mas juro, gostei de verdade. e parabens por Nice! tocqueville é mais legal do que parece e, marx, mais chato, então tudo se compensa no final. mas aposto que será tudo bem positivo na balança! Quanto à preguiça, estou saindo da minha e entrando numa fase onde misturo muito entusiasmo, com raiva extrema e alguma depressão; enfim, certa emoção para sair da apatia. Aquele tédio - vontade de ter vontades - finalmente se contretizou em (bem...) vontades(!) e a impressão que me dá é a de que apenas me falta tempo e a vida vai mais rapido que eu. sinto saudades: desde que pisastes por esta terra, o mate nunca mais teve o mesmo gosto :**

A. disse...

Ah! Merci cher Fribi!
Estou emocionada!

Temos que domar o tempo querido, tomar as redeas de nossos países caribenhos (the dictator! ié!) e concretizar todas essas vontades de nossas vontades!

E muito mate com menta!

je t'adore mon abeille libre favorit!